Imagine São Paulo, 2007. A cena de dança urbana fervia.
E eu? Bem, eu estava prestes a fundir técnicas avançadas de dança com influências musicais malucas.
Você precisa entender: naquela época, eu já respirava popping. Não estou falando de passos básicos. Estou falando de viver e respirar a coisa todo dia e não fazer mais nada além disso. Apresentações. Coreografias. Eventos. Rodas de dança em alguma garagem por aí. O pacote completo.
Mas algo faltava. Algo… autoral.
A postagem que mudou tudo
Lembra do westcoastpoppin.com? Provavelmente não. Mas esse fórum obscuro foi onde tudo mudou.
Um dia, scrollando como um alucinado, vi um post do J-Smooth. Ele recomendava um álbum: “Crying Over Pros For No Reason” do Edit.
Dei play.
Meu cérebro entrou em curto-circuito.
As possibilidades explodiram na minha mente. As técnicas de robot e animation que eu vinha aperfeiçoando… mescladas com aquele som? Era o futuro.
E pasme: Isso tudo antes da era Dubstep, que chegaria entre 2011 e 2012. Estávamos em 2008. Minhas influências robóticas eram o U-Min e o Chibotics.
A cena
Enquanto isso, algo brotava em São Paulo. Funk Styles.
Não, não estou falando de funk carioca. Estou falando de popping, locking, e todo um universo de movimentos que a maioria nem sabia que existia.
Era pequeno. Vibrante. O terreno fértil que eu precisava.
Dança urbana x arte digital
Agora, preste atenção. Isso é importante.
Enquanto eu mergulhava nesse caldeirão de dança, algo totalmente diferente capturou minha atenção: Glitch Art.

Arte digital. Distorções. Erros transformados em beleza.
O álbum que mencionei? Com as músicas loucas? Glitch Music. Glitch Hop.
Você está vendo onde isso vai dar?
Deu glitch no cérebro
Técnicas de popping avançadas. A emergente cena Funk Styles.
Glitch Music e Art.
Eu juntei tudo isso na minha cabeça e pensei: “E se…?”
E se criássemos algo que ninguém jamais viu?
Robot, efeitos especiais, animation… tudo isso sobre músicas glitch.
O time
Eu sabia que não podia fazer isso sozinho. Precisava de parceiros. Visionários como eu.
Dedo e Livi.
Esses caras? Mestres em danças robóticas e efeitos visuais. Mostrei as músicas. Expliquei o conceito.
Os olhos deles brilharam.

Naquele momento, o Grupo D-Efeitos nasceu.
Deu certo?
Estávamos prestes a redefinir o que significava dança urbana no Brasil. Uma fusão que ninguém esperava. Ninguém viu chegando.
Mas sem esse prelúdio, não teria acontecido.
Quer saber o que aconteceu depois? Conto no próximo post.