Como Michael Jackson Realmente Aprendeu O Moonwalk

Vamos ser honestos. Você acha que Michael Jackson inventou o moonwalk.

Errou!

E a verdade é muito, muito mais interessante.

A história que ninguém te conta não é sobre um gênio criando algo do nada. É sobre um gênio obcecado em dominar algo que já existia.

Volte para 1979. Soul Train está na TV.

Um grupo chamado Eklypse sobe ao palco. E eles fazem algo que quebra a realidade. Um movimento que desliza o dançarino para trás enquanto ele anda pra frente, flutuando. Impossível.

Era o Backslide.



"Me ensinem"

Michael Jackson está assistindo. E ele não apenas vê um passo de dança.

Ele vê o futuro.

No dia seguinte, ele não manda um assistente. Ele não envia um e-mail. Ele pega o telefone e liga para aqueles dançarinos do grupo Eklypse. Jeffrey Daniels. Casper Candidate. Cooley Jackson. E ele não diz "me mostre o truque". Ele diz: "Me ensinem".

Percebe a diferença?

Isso não era um hobby. Era uma peregrinação. Ele foi até a fonte. Aos mestres de Los Angeles e Long Beach. A partir daí, chegou até Pop'n'Taco. Popin Pete. Os Electric Boogaloos. Ele não queria imitar. Ele queria absorver. Ele queria entender a alma do Popping.

Sabe o que os verdadeiros mestres fazem quando ninguém está olhando?

Eles trabalham.



Michael se filmava. Sozinho. Por horas. Rebobinando a fita. Analisando cada frame, cada técnica. Existe uma história de Popin Pete que diz tudo: Michael se recusou a apresentar o backslide assim que o aprendeu.

Por quê?

Porque, para ele, ainda não estava perfeito.

Ele esperou um ano inteiro.

E quando estava pronto... o mundo parou.

Aquele solo de dança icônico que ele sempre faz no fim de "Billie Jean" ao vivo? Puro vocabulário de Popping que ele aprendeu e treinou. Alguns dos dançarinos em "Smooth Criminal", "Captain E. O.", "Ghosts"? Eram poppers de verdade. As lendas que ele fez questão de colocar sob os holofotes.

Então, vamos parar com a mitologia barata.

A verdadeira genialidade

Os movimentos de Michael não surgiram de um raio de inspiração divina. Não foi mágica.

Foi estudo. Foi respeito. Foi a humildade de procurar os criadores e dizer: "Me ensinem".

A genialidade dele não foi *inventar* o passo.

(Esse mérito é dos pioneiros da rua. Ponto final.)

A genialidade dele foi a obsessão implacável para dominá-lo e a plataforma global para mostrá-lo ao mundo. Ele não roubou a cultura. Ele a amplificou.

E essa é a lição que importa.



Não se trata de ter a ideia original. Quase nunca é.

Trata-se da execução. Da dedicação. Do respeito pela arte que veio antes de você.

Você está esperando a inspiração... ou está fazendo o trabalho?

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